quinta-feira, 21 de abril de 2011

Carta de Apresentação - Ponto Positivo

Caros Leitores,


Conforme comentamos no “Caça ao Emprego que é Só Seu”, anexar uma carta de apresentação ao seu currículo é sempre muito positivo.

Destaque na sua carta as empresas e cursos relevantes para sua carreira. Se escrever à mão, capriche na letra. Tente manter o texto em uma única página.

Pra ajudar aqueles que estão muito “enferrujados” pra escrever cartas, segue abaixo uma sugestão:

Candidato da Silva
Av. Central, 4321 – ap.234
43210-000 – Cidade – UF
88.4321-1234 (residência)
88.9876-5432 (celular

Cidade, 21 de abril de 2011,


Sr. José João
Diretor
Empresa do Brasil
Av.Brasil, 1234 - Centro
12345-000 – Cidade – UF


Prezado Sr. José,

Corps One e Company Max são as empresas onde trabalhei nas áreas financeira e administrativa. Estou à procura de uma nova colocação como Diretor Administrativo-Financeiro e acredito que a sua empresa poderia interessar-se por minhas qualificações.

Durante os últimos cinco anos, atuei como Controller na Corps One. Fui responsável por todos relatórios financeiros enviados à matriz nos Estados Unidos. Sou especialista em conversão de balanços para moeda estrangeira (FASB e 52).

Tive sob a minha responsabilidade 60 pessoas nas áreas de contabilidade, custos e departamento fiscal-tributário. Destaco os seguintes resultados:

Redução de 75 para 60 pessoas no departamento.
Economias fiscais de mais de US$5 milhões/ano.
Informatização de todo sistema de custos.
Implantação do sistema de orçamentos base zero.

Anteriormente, trabalhei seis anos na Company Max. Fui promovido quatro vezes e ocupei as funções de Tesoureiro, Gerente de Planejamento Financeiro, Gerente de Cobrança e Analista.

Minha maior contribuição para a Company Max foi a redução em aproximadamente 18%, do montante empregado em capital de giro.

Como o senhor pode ver, tenho experiência tanto nas áreas de tesouraria bem como controladoria, o que me torna um profissional completo na área financeira e qualificado para atuar como diretor financeiro-administrativo de sua empresa.

Falo fluente inglês, sou pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e graduado pela Universidade Mackenzie. Tenho 35 anos, brasileiro, casado e dois filhos.

Apreciaria a oportunidade de uma entrevista pessoal em data e hora de sua conveniência.

Atenciosamente,
Candidato da Silva

Texto adaptado de Case, Thomas A., Ph.D – COMO CONSEGUIR EMPREGO NO BRASIL DO SÉCULO XXI – São Paulo: CATHO, 2004

Muito bem. Agora é só escrever a sua carta.

Boa Sorte!

Caça ao Emprego que é Só Seu

Caros Leitores,


Sabemos que, apesar do “aparente” crescimento do país, disponibilidade de vagas e etc, não é tão fácil como parece conseguir o emprego desejado.

Não é aquele emprego só pra pagar as contas, é aquele trabalho que é a sua cara, e que consequentemente pagará as suas contas. Esse é o mais difícil para alcançarmos.

Se você pretende buscar esse emprego dos “sonhos”, seguem algumas dicas interessantes:

1.Sempre que possível procure emprego, empregado. É incrível mas, alguns recrutadores eliminam de cara candidatos que estão sem trabalho. Se você está insatisfeito com o emprego atual, corra atrás do seu futuro.

2.Estude, se especialize, mantenha-se atualizado. Pessoas qualificadas têm dificuldade de se colocar no mercado de trabalho, imaginem os despreparados.

3.Utilize as redes sociais para o bem. Twitter, Facebook, Orkut, MSN, Linked In e afins, podem ser ferramentas importantes para você trocar de emprego. Veja as dicas no "Network - Use e Abuse".

4.Mantenha o seu currículo atualizado, objetivo e de preferência em uma única página.

5.Sempre que enviar um currículo, inclua uma carta de apresentação, mesmo que não seja solicitada. De preferência, escreva à mão, com letra caprichada. Se você considera sua letra horrível e/ou ilegível, faça no computador coloque a data e assine. Veja em "Carta de Apresentação - Ponto Positivo".

6.Por favor! Se for enviar por carta, através dos Correios, ou entregar em mãos, não envie cópias mau feitas e dobradas. Utilize envelopes grandes, originais do currículo e da carta, sempre que possível.

7.Mesmo que tenha enviado seu currículo e carta de apresentação por email, não deixe de levar cópias com você no ato da entrevista. Isto é proatividade e competência.

8.Falando em entrevista, se você não conhecer o local da empresa, saia de casa bem mais cedo, ou vá ao local um dia antes. Não se atrase!

9.Vista-se adequadamente para a vaga que está buscando. Aquela frase, “a primeira impressão é que fica” é verdade.

10.Sempre que possível, investigue detalhes da empresa que está oferecendo a vaga. Você poderá descobrir se a empresa é ou não a sua cara. Você e entrevistador poderão não perder tempo. Isso também manterá você antenado para o momento da entrevista, e poderá contar pontos positivos.

É isso. No mais boa sorte!

Até


sábado, 29 de janeiro de 2011

Motivação - Da onde vem?

Caros Amigos e Leitores,

No mundo corporativo muito se fala de proatividade, sinergia, união e entre outras, motivação.

Da onde será que vem a motivação? Dos altos salários, benefícios?

Na minha opinião e de alguns palestrantes não. Nas minhas palavras eu poderia dizer que:

"A motivação está dentro de cada um, e não em receitas de bolo ou frases de impacto padronizadas."

Quero dar um exemplo de motivação do mundo esportivo.

Marcos Evangelista de Morais - O Cafú. Foi 9 vezes recusado nas peneiras do São Paulo Futebol Clube.

Sabe quantos títulos de campeão dentro do futebol ele acumulou na carreira?

1989 SP Paulista
1991 SP Paulista/Brasileiro
1992 SP Paulista/Libertadores/Interclubes
1993 SP Libertadores/Supercopa/Interclubes
1994 SP Recopa Sul-Americana/Conmebol e Tetracampeão com a Seleção
1995 Real Saragoza Recopa Européia
1996 Palmeiras Paulista/Euroamérica
1997 Copa América/Confederações
1998 Vice Campeão com a Seleção
1999 Copa América
2001 Roma Italiano/Supercopa Itália e criou a Fundação Cafú
2002 Pentacampeão com a Seleção
2003 Milan Supercopa Européia
2004 Milan Italiano/Supercopa Européia
2007 Milan UEFA/Mundial Fifa

Será que ele tinha alguma motivação, após ser recusado 9 vezes nas peneiras do São Paulo Futebol Clube? Na verdade ele parou de jogar e buscar títulos porque ele quiz.

Voltando pro mundo real, podemos dizer que se você não encontrar a sua própria motivação, não a dos outros, os caminhos para o seu sucesso serão difíceis.

Ao longo das nossas vidas nossas motivações se alteram. Bicicleta, autorama, video game, boneca, laptop, faculdade, carro, namoradas, emprego, casamento, casa própria, filhos, escola dos filhos, e assim segue...

2 dicas bem simples:

1. Seja qual for o seu trabalho, encontre algo nele que você possa amar fazer, e faça o melhor possível.

2. Eleja suas taças: comprar carro novo, faculdade para os seus filhos, curso de inglês, viagem com a família, fazer caridade, ajudar um amigo ou um irmão, ou o simples ato de blogar.

Certamente você já tem motivação suficiente pra erguer suas taças.

Obrigado e até a próxima.

Conheça a Fundação Cafú
'Futebol Social Clube' Esporte Espetacular



sábado, 22 de janeiro de 2011

Redes Sociais

Caros Leitores,

Nos dias de hoje, se você tem um mínimo de acesso a internet, é praticamente impossível passarmos despercebidos às redes sociais. Como já escrevemos neste blog no post Network > Use e Abuse, as redes podem e devem ser úteis a nossa vida.

Se você quer saber mais sobre as redes socias, suas influências e estratégias, a leitura abaixo será interessante. O texto é adaptado da apostila do curso de Administração de Empresas da UNITINS.

Outra fonte de informação interessante sobre o assunto é o site http://br.hsmglobal.com/portal/midias-sociais

Boa leitura e aquele abraço.

PS: dica de filme A Rede Social

História das redes sociais por Mariana Carla de Almeida/UNITINS

O ano de 2009 foi marcado pelo fato de estarmos em rede de uma forma nunca vista antes na nossa evolução cultural. De acordo com uma pesquisa do Ibope Nielsen (2009), no ano de 2009, 64,8 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais tiveram acesso à internet. E a tendência é que esse processo se intensifique com o passar dos anos, contribuindo ainda mais para a continuidade da sociedade em rede.

Para saber mais sobre a sociedade em rede, leia o livro A sociedade em rede – a era da informação: economia, sociedade e cultura, escrito pelo filósofo Manuel Castells. Esse livro aborda a dinâmica econômica e social da nova era da informação e busca formular uma teoria que dê conta dos efeitos fundamentais da tecnologia e da informação no mundo contemporâneo.



O crescimento de acesso à internet faz com que nosso país obtenha uma posição favorável diante da competitividade global, como também gere algumas incertezas no mundo dos negócios, ou seja, uma forte ansiedade de como se adaptar às mudanças. “É por isso que 2009 foi o ano no qual as organizações brasileiras se voltaram massivamente às chamadas ‘mídias sociais’, compreendendo que, querendo ou não, já estão na sociedade em rede” (GARCIA, 2010, s/p.).

Mídias sociais são novos métodos de comunicação social, como blogs, fóruns, comunidades virtuais em geral. Os consumidores estão cada vez mais conectados à rede, mais interligados, são coautores de conteúdos e formadores de opinião, por isso é fundamental se pensar como a comunicação empresarial está sendo praticada.

As empresas que se comportarem de forma reativa em relação ao entendimento e à adoção das novas tecnologias e das práticas de comunicação empresarial, poderão ser excluídas dos benefícios gerados por essa era sociocultural contemporânea. Portanto, apesar das certezas e das dúvidas que envolvem as redes sociais, é essencial que sejam compreendidas no seu sentido mais amplo, a partir de um prisma antropológico das redes sociais que lhe dão vida (GARCIA, 2010).

Não só o uso das redes sociais ou a inserção no mundo virtual alcançam um crescimento avassalador, mas cresce também a expectativa de se ter uma sociedade mais unida e justa. Todavia nem sempre as redes sociais são consideradas de forma favorável, já que dependem dos atores que a completam.

O conceito de rede social − uma das maneiras de representação dos relacionamentos profissionais e afetivos das pessoas entre si − não é novo. Em sua versão virtual ou on-line dos dias de hoje, esse conceito agrega novas características, já que a interligação entre pessoas é própria do ser humano.

De acordo com Garcia (2010), aproximadamente 99% do tempo decorrido desde o surgimento dos primeiros indivíduos do gênero Homo − há quase dois milhões de anos A.C. −, nossos ancestrais já se organizavam socialmente em pequenas comunidades do tipo caçadoras − recolectoras, nômades, com pouca divisão do trabalho, e primavam pela interação cara a cara e a tomada de decisão coletiva e guiada pelo consenso. Isso quer dizer que “mais de 99% da nossa existência na Terra vivemos em pequenas redes sociais de topografia (forma) horizontais e clusterizadas em pequenos grupos pouco conectados entre si” (GARCIA, 2010, s/p).

Cluster é o termo utilizado para definir um aglomerado de computadores, um conjunto de computadores que usa um tipo especial de sistema operacional classificado como sistema distribuído. Muitas vezes é composto por computadores convencionais que são ligados em rede, comunicam-se por meio do sistema e trabalham como se fossem uma única máquina de grande porte.

Para mais informações sobre esse assunto, acesse http://pt.wikipedia.org/wiki/Cluster . Nele você poderá compreender melhor os aspectos que envolvem um cluster.

No tempo remanescente (menos de 1% do tempo desde o surgimento dos primeiros indivíduos do gênero Homo), grandes mudanças aconteceram, o que não implica afirmar que o período anterior fosse estático. Essas mudanças foram mudanças tecnológicas que influenciaram o comportamento da sociedade e ampliaram os limites do mundo.

Desde 1990, a aparição da web 1.0 e, posteriormente, da web 2.0 possibilitou, de forma inovadora, a interação entre indivíduos diferentes e fisicamente distantes, tornando o mundo expressivamente mais próximo (ao menos em termos comunicacionais e em relação àqueles incluídos digitalmente) (GARCIA, 2010). Esse processo coopera com o conceito de “comunidade” inerente ao gênero humano, comunidades formais e, principalmente, informais que se compõem a partir de interesses em comum.

Nesta era, existem também as comunidades na forma virtual ou on-line, que interagem entre si em tempo real. Podemos acreditar, então, que uma nova era de relacionamentos mais horizontais e auto-organizados está surgindo, caracterizada, entre outros fatores, pela necessidade de uma comunicação informal, além das estruturas formais como acontece nas organizações.

Enfim, este é o momento adequado para vislumbrar uma comunicação empresarial mais informal para atingir a grande e complexa rede de indivíduos que interagem além dos limites das estruturas formais e físicas e dos canais tradicionais de comunicação. Por isso gerenciar as redes formadas dentro e fora das empresas já é considerado aspecto fundamental para a gestão estratégica, em geral, e a comunicação empresarial, em particular.

Estudamos que as redes sociais não são recentes, mas que nos dias de hoje se apresentam de forma mais inovadora e crescente. Veremos, a seguir, que as redes sociais podem ser consideradas grandes estratégias competitivas.

Reflita

Se a maioria das pessoas usa as redes sociais hoje em dia para se comunicar, se informar, se divertir, quais as vantagens das empresas também aderirem a essas novas tecnologias?

Estratégias empresariais

Vimos anteriormente que não é possível fugir das redes sociais. Portanto as organizações, gostando ou não, terão de se adaptar a essa realidade, ou seja, não poderão ser retardatárias para não sofrer as consequências. Como a empresa pode se relacionar com seus clientes por meio da web? Que estratégia usar para que o resultado seja positivo? De acordo com Charlene Li (2010), especialista em tecnologias sociais em web 2.0, a estratégia mais apropriada para ingressar nas redes sociais é desvendar inicialmente se o cliente realmente faz parte delas. É importante realizar uma pesquisa para detectar a maneira como os consumidores utilizam as redes sociais, as tecnologias e de que forma e por quais razões os indivíduos tomam suas decisões.

A analista em redes sociais Charlene Li (2010) aponta que em 10, 20 anos, ou até menos, as redes sociais serão como o ar que respiramos. Ou seja, estarão presentes em todos os locais. A questão crucial, segundo a analista, é que tipo de informação será preciso para que as redes sociais funcionem como o ar. Existem três tipos de informação.

A primeira é questão da identidade: quem é o cliente. A segunda refere-se ao seu contexto: quem o cliente conhece. E a terceira informação são as atividades desenvolvidas pelo cliente: o que ele faz no contexto desses relacionamentos. Para Charlene, mais que responder a essas questões, é essencial pesquisar que sítios os clientes acessam e quais produtos eles consomem, para que, a partir disso, as estratégias possam ser traçadas.

Para as organizações, o ponto desafiador será a forma de obter, trocar e preservar todos essas informações dos consumidores. A analista de redes crê que exista algum procedimento que consiga gerenciar toda a questão da privacidade e destaca algumas ponderações: o que fará com que as redes sociais se conversem e reúnam todos os dados dos usuários?

O que é necessário fazer para que concorrentes interajam e mantenham o mesmo padrão? Para ela, a resposta é clara: o dinheiro. “Ninguém fará isso pelo espírito de união, transparência e abertura.

Eles farão isso porque podem ganhar dinheiro”, afirma Li (2010, s/p). Você percebeu a complexidade para as empresas ingressarem nas redes sociais. Mas quem poderia tomar as decisões sobre que estratégias utilizar para a comunicação com os clientes? Para Li (2010), a maior parte das organizações ainda não está preparada para o groundswell.

Groundswell é um termo usado para determinar a tendência das pessoas utilizarem as tecnologias das redes sociais para conseguirem o que necessitam por meio de outras pessoas. Esse conceito é abordado no livro The groundswell – fenômenos sociais nos negócios, de Charlene Li e Josh Bernoff. Vale a pena pesquisar sobre esse assunto.



Apesar de muitas empresas já utilizarem as redes sociais como estratégia competitiva, ainda falta muito para o amadurecimento desse processo. Isso acontece, talvez, pela falta da identificação de pessoas com habilidades e conhecimentos adequados para o desenvolvimento desse percurso. Especializar-se em redes sociais é uma grande oportunidade! Outro fator importante que deve ser definido com cautela é a escolha do canal de comunicação com os clientes, ou seja, se entram ou não em redes sociais.

Outro cuidado a ser tomado é avaliar quais são os objetivos da empresa e onde encontrar as conversas dos clientes. Com isso, a organização poderá ter um feedback de seus produtos e serviços e, a partir daí, ter a chance de aperfeiçoá-los, aumentando o seu comprometimento com os clientes. Isso acontece porque, mais do que interagir com os amigos ou ver fotos, as redes sociais agrupam um conjunto de possibilidades para os gestores das organizações, independente se é empresa pequena ou grande.

De acordo com Kiso (2009), especialista em redes sociais, é essencial desenvolver diferenciais inovadores ao utilizar as redes sociais. “É preciso se destacar em meio à multidão para o consumidor te ver. E isso só é alcançado com criatividade e inovação” (KISO, 2009, s/p). O autor afirma que atualmente 90% dos usuários de telefones celulares inteligentes acessam o Twitter, informação que ressalta o potencial do mercado que o Twitter, assim como outras redes sociais, oferece às empresas.

Para usufruir das oportunidades virtuais e desse mercado, é necessário conhecer as ferramentas disponíveis. De acordo com Kiso (2009), há três grandes vertentes sociais. A primeira é a social informal que você com certeza está inserido, como o Orkut e o Facebook, nas quais as pessoas conhecidas como amigos e vizinhos se relacionam. Já algumas empresas fazem parte da segunda vertente, que agrega não exclusivamente pessoas conhecidas, mas que moram no mesmo bairro ou trabalham na mesma organização, por exemplo.

Ferramentas disponíveis como o Twitter ou o Wikipedia compõem a terceira vertente, que agrega indivíduos desconhecidos que buscam algo em comum. E é dentro desse mundo que os usuários de mídias sociais compartilham ideias, opiniões etc. Por isso Kiso (2009, s/p) afirma que “é preciso entender o poder das redes para usá-las a favor da empresa”.

Quanto tempo em média um brasileiro leva navegando pelas ferramentas virtuais? Kiso (2009) alega que “em um mês o brasileiro gasta em média 17% do seu tempo navegando nas redes sociais, número que pode chegar a 70% em públicos específicos”. A partir desse dado, percebemos o poder das redes sociais. Além disso, oito em cada dez brasileiros participam de redes sociais, como Orkut, blog, o Twitter, o Facebook, entre outras.

Por isso não podemos desconsiderar a potencialidade que as redes sociais representam para o sucesso dos negócios. Relembremos alguns casos do uso bem sucedido das redes sociais. Nas últimas eleições presidenciais americanas, o então candidato Barack Obama, por meio do uso das mídias sociais, arrecadou 320 milhões de dólares em doações para a sua campanha política, conseguindo, assim, vencer as eleições.

Outro exemplo bem sucedido citado por Kiso (2009) ocorreu no Irã, também na época de eleição presidencial, quando o governo fechou todos os meios de comunicação, como jornais, televisões e rádios do país. O mundo só teve conhecimento sobre as fraudes ocorridas nas eleições em função do Twitter, ferramenta utilizada pelo povo iraniano para se comunicar com o mundo e denunciar os absurdos que estavam acontecendo no país.

Referências

BASTOS, M. 10 razões para adotar redes sociais nas empresas. [2009]
Disponível em:
http://br.hsmglobal.com/editorias/10-razoes-para-adotar-redes-sociais-nas-empresas
Acesso em: 2 abr. 2010.

GARCIA, I. Um olhar antropológico das redes sociais. [2010] Disponível em:
http://br.hsmglobal.com/editorias/um-olhar-antropologico-das-redes-sociais
Acesso em: 2 abr. 2010.

IBOPE NIESEN ONLINE. Internet no Brasil cresceu 10% no mês de julho.
[2009] Disponível em:
http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&db=caldb&comp=pesquisa_leitura&nivel=null&docid=62A33B253477B58783257619004BD15C
Acesso em: 22 abr. 2010.

LI, C. Redes sociais: o ar que respiramos. [2010] Disponível em:
http://br.hsmglobal.com/editorias/redes-sociais-o-ar-que-respiramos
Acesso em: 1 abr. 2010.

KISO, R. As redes sociais no mundo das empresas. [2009] Disponível em:
http://br.hsmglobal.com/notas/55698-as-redes-sociais-no-mundo-das-empresas
Acesso em: 2 abr. 2010.

PAVONI JR., G. Redes sociais internas são tendências para as empresas em 2010. [2009] Disponível em:
http://br.hsmglobal.com/notas/55833-redes-sociais-internas-sao-tendencia-as-empresas-em-2010
Acesso em: 1 abr. 2010.
 

sábado, 8 de janeiro de 2011

Networking > Use e Abuse

Caros Leitores,

Várias redes sociais como Orkut, Twitter e o Facebook, conectam milhões de pessoas. Nessas redes é possível se divertir ou se aborrecer, aprender ou desaprender, perder ou ganhar tempo.

Mas talvez, uma das grandes opções destas redes, é conhecer pessoas que possam alavancar a sua carreira e/ou sua vida.

Saber utilizar estas importantes ferramentas virtuais, poderá facilitar os caminhos que você Administrador, ou qualquer que seja a sua profissionalização ou ramo de atividade, vai ter que percorrer para o Sucesso.

Baseado no livro "O Livro Negro do Networking", do autor Jeffrey Gitomer, aproveite o texto abaixo extraído da apostila do curso de administração da UNITINS e aprimore suas técnicas de contato.

Networking, use e abuse, para o seu bem e dos outros.

Obrigado e até.

Apostila UNITINS - 8o Período

Capítulo 6 –Networking

Introdução

Provavelmente você já ouviu a palavra networking. Esse termo não é recente, já vem sendo utilizado há anos. Atualmente é praticamente impossível ter sucesso no campo dos negócios sem se atentar às redes de contatos. Por isso, neste capítulo, abordaremos os recursos e as estratégias utilizadas para se manter um networking de sucesso....

6.1 Estratégias para fazer contatos

Como qualquer outro tipo de processo, como a negociação, por exemplo, os contatos também têm estratégias e regras. Veremos agora algumas estratégias importantes que o ajudarão a conceber sua rede de contatos.

Primeiro, seja amigável e tudo entrará nos eixos. Ser uma pessoa amigável gera confiança e admiração. Outro fator imprescindível é ser sorridente, já que aqueles que sorriem são mais atraentes do que aqueles que têm a “a cara fechada”. Afinal, uma pessoa amigável e sorridente consegue fazer mais amigos (GITOMER, 2008).

Projete uma imagem pessoal que gere confiança nos outros. Seu aperto de mão reflete a sua imagem, assim como as roupas que usa, seu cabelo, seu calçado, o modo como você fala. Imagens projetadas geram as primeiras impressões. Se aquele ditado que fala que “a primeira impressão é a que fica” for verídico, é fundamental se atentar a esses fatores. Por isso é preciso responder a alguns questionamentos como:

Qual a imagem que você tem de si mesmo? Que tipo de imagem você projeta para as outras pessoas? Essa imagem é aceitável para aqueles que você deseja fazer contato? (GITOMER, 2008)

Sua habilidade de olhar nos olhos da pessoa com a qual conversa é um indício que revela seu respeito por si próprio. Portanto faça contato ocular! Não é simplesmente uma exibição de confiança, mas uma demonstração de verdade e de respeito. Você acha um sinal de fraqueza uma pessoa não fazer contato ocular com você? (GITOMER, 2008)

Uma atitude consistente e positiva gerará resultados e respostas favoráveis. É fundamental ter pensamento e comportamento positivos, mas pouca gente sabe da importância do papel que isso exerce sobre o modo como você se comunica e na forma como os outros o enxergam (GITOMER, 2008).

Todo contato é realizado com algum tipo de risco. Desafie você mesmo, devemos aceitar o risco de fazer o contato. A filosofia de Gitomer (2008, p. 28) é “sem risco, sem nada”, ou seja, não se faz contatos sem sofrer algum tipo de risco. Para minimizar os riscos, é preciso que você se prepare, isto é, que projete uma boa imagem e tenha autoconfiança.

Faça uma análise. Você já sofreu algum risco ao fazer um contato, teve êxito? O risco lhe pareceu menor depois que o contato foi estabelecido? Pergunte a si próprio por que você está evitando o risco.

Siga o princípio de que 90% do sucesso é se mostrar, mas para isso você deve estar preparado. “O preparo é a chave do sucesso e preparo nunca é demais” (GITOMER, 2008, p. 28). Você está preparado?

Quando termina o expediente e você precisa ir a um evento no qual terá muitos contatos, você consegue ser social, comercial, até que ponto?

Quanto menos você se concentrar em seus interesses para o encontro, mais chance de sucesso seu contato terá. A maior parte das pessoas que busca fazer contatos tem algum tipo de motivo, de razão ou necessidade. Mas não vá tão afoito, no início é importante buscar amizade e aceitação, para que depois você possa ter a liberdade de realizar algum pedido. “Nem pense em tirar proveito” (GITOMER, 2008, p. 29). Qual é seu verdadeiro objetivo? Um ganho a curto prazo, ou seja, a realização de seu pedido imediato, ou o estabelecimento de um relacionamento duradouro?

Tenha interesse sincero pelas outras pessoas, antes de desejar que elas tenham interesse verdadeiro por você. Se você está fazendo contato com alguém, é óbvio que deseja conhecer essa pessoa. “E não apenas avaliá-la, mas para aprender com ela” (GITOMER, 2008, p. 29). A melhor forma de conhecer outra pessoa é fazer perguntas. É claro que não pode ser um interrogatório, mas tente elaborar perguntas que o ajudem a conhecê-la melhor.

Quanto mais cedo você descobrir algo em comum em relação a outra pessoa, mais cedo as barreiras entre vocês desaparecerão. “O vínculo não é o segredo. Descobrir é o segredo” (GITOMER, 2008, p. 29). Tente desvendar o que há de comum entre vocês, pois assim sempre terão o que conversar e discutir. Analise seus amigos mais próximos, o que fez com que vocês se aproximassem? Com certeza, vocês têm algo em comum. Você está disposto a gastar um determinado tempo para descobrir os assuntos que talvez tenha em comum com um contato importante?

Quanto mais você subir a escada, mais cautelosas as pessoas serão quanto aos seus avanços. Uma coisa é certa: todos querem fazer contatos poderosos. Com isso, você deve se perguntar: as pessoas poderosas desejam fazer contato comigo? Isso dependerá do valor, do envolvimento e do interesse que você gerar (GITOMER, 2008). Mas algo é fundamental, deve-se gerar confiança e ganhar crédito avançando mais lentamente do que acha que deveria, já que você busca contatos de um nível superior. É preciso cautela!

Muitas vezes, a imagem projetada por você determinará sua habilidade para fazer um contato real. Não se trata de “classe”, mas de “primeira classe”. A imagem conduz à reputação, por isso tente averiguar o que andam dizendo de você pelas costas.

As pessoas o julgam por todas as suas ações. Todo mundo lembra o que lhe foi prometido e como foi cumprido. Como recomendado anteriormente, é preciso ter sempre um desempenho de “primeira classe”, não só parecer de primeira classe. Portanto, reflita: você sempre cumpre o que diz? As pessoas o consideram de primeira classe?

Proporcione valor. Para um contato sólido ser criado, é preciso que haja troca de valores. Contatos unilaterais, ou seja, aqueles em que a pessoa só pensa em si própria são de curtíssimo prazo. Já os contatos baseados em valor são duradouros. Você proporciona ao outro todo o valor que espera extrair?

Transmita sua mensagem com excelentes técnicas de comunicação. “Fazer contatos é uma questão de envolver-se intensamente” (GITOMER, 2008, p. 30). Isso exige que você transmita a mensagem de forma sincera. Faça esta reflexão: eu sou verdadeiramente bom para transmitir uma mensagem atraente, a ponto de justificar minha ação?

Manter o contato é mais importante e valioso do que fazê-lo. Isso quer dizer que estabelecer o primeiro contato é fundamental, todavia é necessário conseguir mantê-lo. Para tanto, existem diversas formas, como, por exemplo, enviar informações úteis para seus amigos, seus clientes. Lembre-se: quem não é visto, não é lembrado!

Como você não tem uma bola de cristal para adivinhar em que dia um contato poderoso será estabelecido, esteja todos os dias preparado. Diariamente, temos a chance de conhecer novas pessoas, por isso esteja atento ao seu redor e, mais do que isso, esteja sempre preparado.

Sua reputação atual determina seu destino futuro. Qualquer que seja sua reputação hoje, ela guiará seu futuro próximo. Agora, se a sua reputação não for a das melhores, não desanime, comece a reconstruí-la de forma positiva e não cometa deslizes, já que a reputação é uma construção contínua. Como você definiria sua reputação hoje?

Seja você mesmo, tenha identidade pessoal. Fale e aja de forma sincera. Você verificará que as outras pessoas, em troca, agirão do mesmo jeito. Você consegue ser verdadeiro com as pessoas e consigo mesmo? Não deixe de se autoanalisar, pois há diversos motivos para ser você mesmo. Primeiro, é a sensação mais confortável que você pode oferecer a si mesmo. Segundo, é algo óbvio, quando você se projeta, mostra que você se sente à vontade e está confiante. Terceiro, é um processo que pode ser repetido. Ser você mesmo não é difícil, difícil é fingir algo que não é sempre. Ser você mesmo permite ser consistente em todas as suas comunicações com as pessoas. E, por fim, ser você mesmo é a forma mais honesta de agir. Ela gera uma atmosfera para o diálogo aberto e franco.

Essas são algumas diretrizes para o sucesso nos contatos. Agora é fundamental que você as implemente em seu dia a dia. Veremos, a seguir, os recursos para se fazer e manter contatos de sucesso.

6.2 Recursos para fazer contatos

Além das estratégias que vimos anteriormente, há ainda alguns recursos que o ajudarão a estabelecer contatos bem sucedidos. Comecemos pelo recurso 1.

6.2.1 Recurso 1 – quem eu conheço?

Pense em todas as pessoas que você conheceu ao longo de sua vida. Passamos a vida inteira estabelecendo contatos. Agora é o momento de utilizar o poder de sua rede de contatos para lucrar e expandi-la.

Inicialmente, é essencial fazer uma lista de quem você conhece. A dica para facilitar essa grande lista é dividir as pessoas por grupos: amigos, contatos comerciais, clientes, colegas de trabalho, pessoas importantes que você talvez tenha conhecido casualmente, membros de grupos que você faz parte e pessoas que você gostaria de contatar. Assim que finalizar sua lista, ligue para as pessoas que puder e consiga seus e-mails, descubra quais são suas maiores necessidades este ano e comece a analisar de que forma você poderia fornecer respostas a essas necessidades (GITOMER, 2008). Um fator positivo é que geralmente vários desses grupos que você dividiu têm as mesmas necessidades. Comece devagar, mande mensagens com informações interessantes, peça colaboração, mostre seu valor, aumente sua lista! Depois disso, é bom realizar uma autoavaliação de desempenho de contatos. De acordo com Gitomer (2008), existe um formulário que o ajuda a realizar essa autoanálise. Examine-o com atenção!

Ao utilizar os indicadores a seguir, circule nas perguntas o número que representa seu nível atual de desempenho.

1 = ruim; 2 = médio; 3 = bom; 4 = muito bom; 5 = o máximo

Pergunta 1: as pessoas gostam de mim? 1 2 3 4 5

Pergunta 2: estou constantemente conhecendo gente nova? 1 2 3 4 5

Pergunta 3: quando conheço as pessoas, consigo me entrosar com elas logo de início? 1 2 3 4 5

Pergunta 4: tenho um grande comercial de mim mesmo para me apresentar? 1 2 3 4 5

Pergunta 5: ajudo outras pessoas regularmente? 1 2 3 4 5

Pergunta 6: procuro fazer contatos pelos outros? 1 2 3 4 5

Pergunta 7: trabalho em meu networking pelo menos dez horas por semana? 1 2 3 4 5

Pergunta 8: tenho website próprio e publico nele informações importantes? 1 2 3 4 5

Pergunta 9: tenho e-zine (publicação periódica que foca uma área específica enviada por e-mail para seus contados ou postada num site) próprio, que envio a todos os meus contatos? 1 2 3 4 5

Pergunta 10: sou publicado regularmente em algum lugar? 1 2 3 4 5

Pergunta 11: dou palestras em eventos nas empresas? 1 2 3 4 5

Pergunta 12: conheço as pessoas mais poderosas de minha comunidade? 1 2 3 4 5

Pergunta 13: as pessoas mais poderosas de minha comunidade me conhecem? 1 2 3 4 5

Pergunta 14: conheço as pessoas mais poderosas do setor no qual trabalho? 1 2 3 4 5

Pergunta 15: as pessoas mais poderosas do setor no qual trabalho me conhecem? 1 2 3 4 5

Pergunta 16: as pessoas me ligam para que eu as ajude a fazer contatos? 1 2 3 4 5

Respondida as questões, agora some os seus pontos.

80 = pontuação perfeita, você está plenamente conectado.
70-79 = grande pontuação, é um indicador de que você está avançando.
60-69 = você está no grande clube das pessoas que se acham “ótimas”, mas que na verdade ainda estão chegando lá. Faça um plano de atuação para intensificar seus esforços.
50-59 = você não conhece as pessoas certas nos lugares certos.
40-49 = você está sendo deixado para trás por gente que tem contatos melhores que os seus.
30-39 = você precisa de uma recauchutagem.

Depois de obter o resultado da autoanálise, faça uma reflexão do que precisa ou não melhorar. É bom lembrar que os contatos são o resultado de uma combinação de fatores apresentados por Gitomer (2008).

Estar aberto a receber novos contatos. Estar no lugar certo e no momento certo. Estar preparado para fazer contatos. Usar seus contatos existentes para fazer novos contatos. Ser capaz de contra-contatar, ou seja, de retribuir o contato. O segredo é que um contato poderá gerar outros, mas isso acontecerá somente se você puder realmente ajudar de alguma forma a pessoa que contatou. Ajude e será ajudado!

Ainda compondo o recurso 1, existem outras dicas. É fundamental que, conforme você for estabelecendo contatos, eles sejam agrupados em três categorias expostas por Gitomer (2008).

Os contatos que já tenho: descreva o que seus contatos já fizeram por você, o que você já fez por eles e como pretende mantê-los.

Os contatos que preciso fazer: defina quem são eles, o que você deseja deles e como pretende contatá-los.

Os contatos que eu espero no futuro: assim como no item anterior, é necessário definir quem são eles, o que você deseja deles e como fazer para atraí-los. Defina também como você pretende se conectar com
eles.

A partir do estabelecimento dessas categorias, pense que quanto mais você fizer por eles, mais eles farão por você. “Quanto mais você fizer por eles, mais você significará para eles, e mais importância terá em suas vidas” (GITOMER, 2008, p. 39).

Para finalizar o primeiro recurso, ainda há uma dica ou uma lição de casa. Gitomer (2008) recomenda o seguinte exercício. Escolha cinco pessoas com quem você deseja firmar contato. Usando sua base atual de contatos, providencie uma ligação. Essa tarefa deve levar no máximo dez minutos. Você não pode simplesmente fazer um telefonema, é necessário estar preparado para tal. Se você precisar fazer um contato, a melhor e mais poderosa forma de fazê-lo é por meio de alguém.

6.2.2 Recurso 2 – o que estou querendo?

O recurso 2 consiste em duas premissas: se você não sabe o que quer, provavelmente não conseguirá nada; Pergunte a si mesmo com quem você já fez contato e o que isso representou para você.

De acordo com a primeira premissa, é importante que você responda às questões apresentadas a seguir.

O que eu espero do networking?
O que estou tentando ganhar ao investir meu tempo em networking e contatos?
Com quem estou tentando firmar contato?
Preciso dedicar mais tempo a isso?
Quantas pessoas eu preciso encontrar por semana?
Quais foram meus resultados até agora?
Quem eu contatei e o que isso significou para mim?

Segundo Gitomer (2008, p. 47), é fundamental que se responda a esses questionamentos, já que “fazer contatos é uma combinação entre saber o que quer e saber com quem você quer realizar isso. É também uma combinação entre um plano bem direcionado e o dom de atrair coisas boas”.

Todo mundo tem alguém que gostaria de conhecer, seja um contato profissional e/ou pessoal. Vejamos algumas maneiras básicas, indicadas por Gitomer (2008), para conhecer pessoas.

Você pode tentar conhecer as pessoas por conta própria, por meio de e-mail, correio, telefone ou indo lugares que a pessoa frequenta. Consiga que outras pessoas o ajudem com uma apresentação. Pense em todos os seus contatos e quem poderia lhe ajudar, ou que talvez conheça alguém que possa marcar um encontro ou organizar uma apresentação.

Faça com que a pessoa ligue para você ou o procure primeiro. É mais difícil, mas, ao criar credibilidade e se especializar em determinado assunto, fica mais fácil, pois as pessoas lhe procurarão. É preciso ter o dom para atrair coisas boas.

Já em relação à segunda premissa “de se perguntar com quem já fez contato e o que isso representou para você”, vejamos as dicas Gitomer (2008).

Faça uma lista com os dez contatos mais significativos que você já fez e ao lado de cada nome, responda às seguintes apresentadas na sequência:

O que vocês têm em comum?
O que você ganhou com o contato?
O que você pretende continuar a ganhar com o contato?
O que você ofereceu para conquistar e manter esse contato?

Depois disso, faça uma lista das cinco pessoas que você gostaria de contatar. Ao lado de cada nome, responda às questões propostas por Gitomer (2008).

O que você deseja do contato?
O que vocês têm em comum?
Como você pretende fazer o contato?
O que você tem para oferecer (seu valor) para conquistar esse contato e mantê-lo?

Com as respostas em mãos, é hora de elaborar um plano de ação, ou seja, um documento sobre o que você está querendo: sucesso, emprego, realização, conquistas. Depois disso, liste as pessoas que poderiam ajudá-lo a conseguir o que deseja. E, por fim, relacione as pessoas que você gostaria de conhecer e que poderiam lhe ajudar ou aquelas que poderiam lhe apresentar aos contatos interessantes. Esse plano deve incluir fazer contatos por iniciativa própria e por meio de apresentações. Também deve conter ações para fazer com que as pessoas entrem em contato com você. Esse plano exige esforço, mas não desanime, vale a pena.

6.2.3 Recurso 3 – o que é que eu faço?

Esse recurso é muito importante, pois lhe ajudará a definir o que é preciso para fazer contatos. Primeiramente, é necessário pensar antes de agir. É preciso pensar nas pessoas que você conhece há mais de dez anos, nos seus conselheiros de confiança e como você os contatou. Depois disso, pense nos livros que pretende ler e faça uma lista com pelo menos três livros. De acordo com Gitomer (2008, p. 61), “a diferença entre sua situação atual e sua situação daqui a um ano será determinada pelas pessoas que você conhece e pelos livros que você lê”. Faça uma lista também das pessoas que gostaria de conhecer e que poderiam influenciar na sua carreira ou na sua vida. Agora é preciso ter coragem para fazer os contatos.

Muitas pessoas têm medo de fazer contatos e agem dessa forma por razões como: despreparo, medo de rejeição, autoimagem limitada ou baixa. Se tiver algum desses motivos para não fazer contatos, a dica de Gitomer (2008) é ter em mente que todas as pessoas são praticamente iguais. A imagem que você tem de si mesmo é mental, foi você quem a criou. Talvez essa imagem signifique que você precisa se associar a outro grupo de pessoas. Mas não pense que mudar o seu modo de se enxergar é rápido, pois esse é um processo lento que exige mudanças tanto mentais quanto ambientais. As pessoas devem superar seus medos e, para isso, é importante saber que fazer o primeiro contato significativo facilitará o segundo contato, o terceiro e assim por diante.

A dica do terceiro recurso é primeiro fazer amizades e ir devagar, ou seja, se você tem interesse em arranjar um emprego com a ajuda de um contato, não seja tão rápido, tenha cautela, ganhe confiança, gere credibilidade. E o fundamental, não bajule, não seja o famoso baba-ovo, pois as pessoas mais interessantes não gostam disso. Se está difícil fazer amizades, procure respostas para esse problema. Busque uma pista familiar, converse com seus pais, seus irmãos, enfim com as pessoas que o conhecem e com as quais convive. Busque também pistas com os amigos, pois assim você poderá avaliar se está ou não preparado para fazer bons relacionamentos e poderá encontrar soluções para esse problema.

Após essa análise, é hora de fazer o networking. É necessário saber que o “networking não é um opcional antes ou depois das horas de atividade comercial. Ele é uma parte vital e integral de seu sucesso.” (GITOMER, 2008, p. 72) Para isso, o autor indica seis fundamentos para o sucesso no networking.

Faça um networking inteligente e em lugares certos, ou você não obterá os resultados esperados. Selecione os eventos com cautela, já que a seleção é tão importante quanto o próprio networking. Comprometa-se criando seu calendário de eventos.

Saiba como ajudar, já que as pessoas não ligam para o que você faz, a menos que o que você faz as ajude. Pratique as regras e as estratégias do networking, ou seja, compareça aos eventos e faça o networking. Não adianta só ir aos eventos. Esteja ciente do tempo, não gaste muito tempo apenas com uma pessoa.

Além de seguir essas técnicas para fazer bons contatos, é recomendado também desenvolver um bom comercial de si próprio em no máximo 30 segundos. O propósito do comercial é envolver um contato potencial com informações que o deixem interessado em você, portanto faça sua autoanálise, assim como tente desvendar os interesses da outra pessoa e descubra o que pode instigá-la a conhecê-lo melhor.

Conforme Gitomer (2008), ainda em relação ao terceiro recurso, há alguns fatos realistas sobre o networking que orientarão seu sucesso. É com você: para identificar o melhor recurso que você tem para o sucesso no networking, basta fazer a sua autoanálise e olhar no espelho na próxima oportunidade que surgir.

Dê primeiro: para conseguir o que deseja, é necessário ceder algo primeiro, ou seja, dar o exemplo.

Aprofunde-se: torne-se conhecido como uma pessoa de bom desempenho, ou seja, envolva-se a fundo com os seus interesses.

Seja consistente: frequente eventos com regularidade.

Essas foram algumas estratégias que o ajudarão a ter sucesso no networking. Conheceremos agora o recurso 4.

6.2.4 Recurso 4 – como fazer contato?

No quarto recurso, a pergunta que você deve fazer a si mesmo é: o que posso fazer para que as pessoas se sintam melhores depois de um contato comigo? (GITOMER, 2008). Isso quer dizer que devemos pensar em quais estratégias devemos utilizar? Ir devagar como destacado no recurso 3, ter informações sobre seu contato e estar preparado são fatores basilares para o sucesso. Não podemos agir da mesma forma independentemente do local do encontro, pois, em cada evento, existem determinadas particularidades, portanto no networking devemos avaliar as circunstâncias e nos adaptar a elas.

Gitomer (2008) apresenta uma versão de como conquistar clientes e contatos: determinar as pessoas que deseja conhecer no evento, falar com elas, obter com elas as informações relevantes; fazer com que elas se interessem por você e classificá-las no verso dos cartões, assim que os receber. Além dessas dicas, há ainda mais recursos. Vejamos o quinto recurso.

6.2.5 Recurso 5 – quem você conhece?

O recurso 5 é fundamentado em quem conhece você e em como se tornar conhecido. Gitomer (2008) indica elementos do posicionamento: a arte de se tornar conhecido como uma autoridade valorizada. Vamos conhecê-los.

Ser impresso: invista nas relações públicas, tente ser mencionado, porém não como assunto. Se a história for sobre um fornecedor ou sobre um cliente, você se tornará um herói para eles.

Ser publicado: publique artigos e se possível escreva livros.

Falar em público: fale em público, assim você será o suposto líder do grupo e todos o conhecerão.

Usar a internet para transmitir valor: escreva em Twitter, blogs, enfim onde considerar adequado.

Assumir um papel ativo em sua associação de comércio: conheça pessoas que possam agregar valor. Lidere um grupo. Envolva-se.

Ser notavelmente diferente: faça algo diferente, você não precisa ser esquisito, mas é necessário que se destaque em algo.

Acrescentar um atrativo a seu bônus: ao escrever um artigo, por exemplo, indique o seu livro, o seu site, enfim algo que as pessoas possam ter mais informações.

Adicionar uma diferença a suas expressões comerciais diárias: seu correio de voz, sua folha de rosto do fax, seu cartão de visita, seu site, sua proposta, enfim todos devem expressar a grandeza de sua pessoa.

Deixar que os outros vendam por você: deixe seus clientes falarem de você. O poder da propaganda boca a boca é incontestável, são os testemunhos que fazem sua reputação.

O quinto recurso não é tão complicado de ser aplicado, portanto mãos à obra. Veremos, na sequência, o próximo recurso.

6.2.6 Recurso 6 – o poder secreto dos contatos

O recurso 6 consiste na premissa de que qualquer pessoa que você encontre é um contato, e todas elas têm seus poderes secretos. Portanto a lição é não cometer o erro de julgar as pessoas com base no exterior.

Reflita

Um vendedor de carros avista um cliente (A) entrando na concessionária, de repente outro cliente (B) aparece e você precisa decidir ao qual atender primeiro, já que não há outro vendedor na loja. O cliente (A) está com trajes rasgados e um chapéu na cabeça, já o cliente (B) está vestido socialmente. Ao qual você atenderá? Um vendedor bem sucedido consegue bons clientes fazendo julgamentos pela aparência?

Outro poder para se fazer contatos é o da amabilidade. Você se considera uma pessoa que merece apreço? É uma pessoa amigável? Portanto reflita sobre o poder que existe em ser uma pessoa amigável e com pensamentos positivos, afinal ninguém gosta de ficar ao lado de uma pessoa pessimista. Um exercício recomendado por Gitomer (2008) é o de fazer um esforço para ser proativo e amigável. Cumprimente as pessoas casualmente, tente gerar, pelo menos, dez sorrisos.

Outro segredo do sexto recurso é o de converter contatos em relacionamentos. De acordo com Gitomer (2008), existem alguns fundamentos para isso, como:

descubra quem são as pessoas e o que querem;

determine sua compatibilidade com elas;

descubra como pode ajudá-las a conseguir o que querem;

inicie um diálogo regular com informações que elas possam usar;

tente aprender mais sobre elas com o passar do tempo;

tenha em mente e esteja ciente de que as pessoas revelam seu verdadeiro eu com o tempo;

teste atenção a indícios e siga seus instintos;

cumpra o que prometeu;

certifique-se de que conhece as necessidades e os desejos delas.

A partir desses fundamentos, pode-se conseguir com que as pessoas gostem de você. Se sentirem que você pode lhes dar algo de valor, é mais provável que o relacionamento cresça e prospere.

Portanto a rede de contatos é importante para a vida pessoal e profissional, já que sabemos que não é possível alcançar o crescimento e o sucesso sem o apoio das pessoas. Por isso as regras, as estratégias e os recursos que foram apresentados podem ser utilizados como um guia para se fazer e manter contatos de sucesso. Cada pessoa pode aperfeiçoá-los com o seu toque especial...

Referência

GITOMER, J. O livro negro do networking. São Paulo: M. Books do Brasil,
2008.